Carta dirigida à Sra. Diretora do Agrupamento de Escolas Madeira Torres
Cara Rita Sammer,
Os Pais/EE estão bastante insatisfeitos com os horários apresentados e nomeadamente com a disposição das AEC, assim como pelo facto de estas terem passado a fazer parte da componente letiva dos docentes; questão que emana diretamente de disposições do Ministério da Educação e Ciência, tal como nos terá transmitido.
Independentemente dessa questão, importa agora aqui realçar outras, não menores em importância, como é a questão, por exemplo das AEC.
Em primeiro lugar, ficámos admirados pelo facto de não termos assistido à reunião do Conselho Geral do dia 10 de Julho; reunião onde terá sido feita a aprovação final dos horários definidos pelo Conselho Pedagógico e onde se integram as AEC.
Poderia ajudar a esclarecer o motivo pelo qual a convocatória não nos terá chegado?
Por outro lado, muitos pais estão descontentes com o facto de as AEC estarem distribuídas pelo período letivo, ao invés de ocuparem, preferencialmente o período da tarde. Na opinião de pais e encarregados de educação, essa questão traduz-se numa decisão pedagógica errada e que pode lesar bastante os alunos, com consequências óbvias na aprendizagem e sucesso escolares.
Ainda com relação às AEC, e no caso específico da “Natação”; para além de não se poder considerar a mesma como “obrigatória”, pesa o facto de, não sabermos; até ao momento, de que forma é que será feito o acompanhamento das crianças nessa atividade específica, bem como o número de Assistentes Operacionais disponíveis para o efeito.
Muitos pais e encarregados de educação ponderam, inclusivamente, não deixar as suas crianças frequentar a natação, caso o número mínimo de auxiliares não seja cumprido; isto é, à razão de 1 adulto por cada 15 alunos.
Ainda com relação à carga horária que está a ser imposta aos alunos e que os obriga a permanecer na escola por 8 horas, gostaríamos também de questionar o porquê de o período destinado ao almoço ter passado para hora e meia, quando no entender dos pais e encarregados de educação, uma hora era mais do que suficiente para as crianças almoçarem, evitando a dispersão e euforia excessivas.
Em suma, gostaríamos que a direção fizesse os possíveis por tentar acomodar e ultrapassar os anseios e inquietações dos pais e encarregados de educação, nomeadamente:
Alteração dos horários – uma vez que é da responsabilidade do agrupamento, a constituição e a gestão de horários, gostaríamos que a direção visse da possibilidade de proceder a alterações aos mesmos, fazendo com que a hora de almoço passasse para os 60 minutos e tentando, por todos os meios possíveis, reduzir a carga horária, permitindo a que as crianças, pudessem passar a sair da escola a partir das 16:00 ou 16:30 (à semelhança do que acontecia no ano transato);
Assistentes Operacionais – esta é outra questão que está a gerar bastante controvérsia, pelo que pedíamos que, com a maior brevidade possível, fizessem chegar aos pais e encarregados de educação, informação relativa ao número de assistentes operacionais disponíveis,
Promoção das AEC – Por que motivo é que não foi o Agrupamento a desenvolver as AEC, uma vez que de acordo com o Despacho n.º 9265-B/2013 diz que as AEC podem ser promovidas por:
Agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas;
Autarquias locais (que é o nosso caso concreto);
Associações de pais e de encarregados de educação,
Instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
No entender dos pais e encarregados de educação, faz todo o sentido, que de futuro, as AEC fiquem afectas aos agrupamentos/escolas não agrupadas, o que poderá até contribuir para melhorar substancialmente a gestão e qualidade das mesmas.
Sem mais de momento, aguardando por uma resposta de V. Exa. no mais curto espaço de tempo possível.
Subscrevemo-nos atenciosamente e apresentamos os nossos mais sinceros cumprimentos.
P´la Direcção
O Presidente
Arlindo Emanuel Pereira